Um dos cientistas mais renomados da atualidade, Richard Dawkins
(nascido em Nairóbi,Quênia, em 1941) lançou seu nono livro, "Deus,um
delírio"(Cia.das Letras, R$ 54), para reforçar de vez seu ateísmo e
convocar a população de ateístas do mundo todo a se assumir, sem medo de
retaliações da massa religiosa mundial .Para tal, Dawkins usa seu conceito de memes (idéias que agem como os genes) e também lança mão do darwinismo para propor explicações à tendência da humanidade de acreditar num ser superior. E desmonta um a um, com base na teoria das probabilidades, os argumentos que defendem a existência de Deus (ou Alá, ou qualquer tipo de ente sobrenatural), dedicando especial atenção ao design inteligente, tentativa criacionista de harmonizar ciência e religião.
O autor combate com veemência a irracionalidade da fé e denuncia o grande mal-estar que as religiões causaram e ainda causam à humanidade : guerras, torturas, fanatismo, injustiça, tudo em nome de um "Deus que não joga dados", como diria Einstein.
Como um "chamado", Dawkins convoca agnósticos, ateus e racionalistas para colocar claramente suas céticas opiniões sobre fé, religião e deuses. "Basta de respeitar um conjunto de crenças que não é apenas improvável, como profundamente tolo e nocivo ao bem-estar humano. Basta de "respeitar" a irracionalidade alheia. Os ateus esconderam-se tempo demais nas catacumbas. Perseguidos, estigmatizados, envergonhados, cabe-lhes assumir a iniciativa do debate intelectual", dispara Richards. E vai mais além com a incômoda pergunta: quem criou Deus?
