quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fugindo da morte.

Fugimos da morte como coelhos medrosos Pagamos planos de saúde, engrossamos a fila do SUS Fazemos penitências e oramos e rezamos para mais diversas divindades. Superlotamos as igrejas, superlotamos os hospitais. Enfim... Viajamos no tempo. Muitos vivem como se nunca fossem morrer, Outros morrem como se nunca tivessem vivido. Nesse meio tempo tornamos as cobaias e os fantoches, dos mitos Que nossa própria mente doente, por necessidade de quere viver, os tenha criados. Querer ser tratado de todos os males é o mesmo que querer para si a vida eterna. E infelizmente esse privilégio não foi dado a ninguém, na história da humanidade. A morte avassaladora não poupou ninguém; nem mesmos os mitos que criamos. De Jesus a Sacerdotes, de Sacerdotes a Druidas, de Druidas a Santos, de santos a Curandeiros e feiticeiros de toda espécie; Todos se foram, a morte nada quis saber de seus dotes especiais, os abraçaram com a mesma voracidade que irá nos abraçar. Se tais mitos que presumimos tiveram o poder de enganar o tempo e fugir da morte, não conseguiram tal feito, Como nós seres mortais iremos conseguir? E como pedir a eles, se é ciente de que eles também eram fracos e que agora também definitivamente precisam morrer em nossas mentes, pois nossas mentes os criaram; E como fugir da maldita morte que tem um encontro marcado conosco? Seria Pagando caro pela nossa saúde a ciência que pode até retardar um possível e inevitável encontro com a mesma, ou ficar quietinho em silêncio esperando a com dignidade e honradez? Ou quem sabe fugir. Fugir???... Bem... O certo é que ela nos alcançaria de qualquer jeito. Não tem como fugir do que está dentro de nós, é impossível fugir de nós mesmos. Paulo Cerqueira.

2 comentários:

  1. As pessoas fogem de pensar na morte, têm verdadeiro pavor de lembrar que são mortais. Como se isto a fizesse nunca chegar... Estes são os q1ue mais sofrem quando a morte se aproxima.
    Eu sei que morro a cada segundo e não há um só dia que eu não me lembre de que sou mortal. Ah, esta maldita não me pegará desprevenida.
    Abç

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