terça-feira, 29 de novembro de 2011

Jesus não voltou nem quando Roma fez ‘churrasco’ de cristãos



“E o mundo não se acabou” era a letra de um samba que ouvi minha mãe cantar. Também diziam que na década de 70 os negros iriam virar macacos. Meu primo escondeu-se, pois, segundo a mãe, a sua cor da pele tostada devia-se a um suposto eclipse, para o qual ela olhou. A maldosa vizinha porém contava outra história, referente a um caixeiro viajante vindo da Bahia.

O fato é que histórias de fim de mundo sempre me atraíram. Porque o que mais me admira não é que o mundo não se acabe, mas que a ignorância não tenha um fim.

Desde as primeiras décadas após o sumiço do corpo de Jesus, com a pregação ininterrupta da sua ressurreição miraculosa, fazia parte inerente, prova da sua infalível divindade e garantia de sua verdade, que ele estava prestes a voltar. Todos esperavam sua vinda iminente.

Sinais foram interpretados como prenúncio do fim. Jesus não voltou no ano 70 dC quando Jerusalém foi arrasada e passaram a dizer que tinha voltado espiritualmente.

Ele não voltou nem quando os imperadores romanos faziam ‘churrascos’ de cristãos (alguns séculos depois, os cristãos fizeram churrascos de hereges...).

Jesus não voltou no ano 100, ou no 1.000, tampouco em 2.000.

Atravessamos guerras, como as promovidas pela igreja durante as Cruzadas, genocídios perpetrados pelos monarcas católicos como os dos maias, dos incas, dos astecas, a escravidão ignominiosa dos negros, crime infame cometido por países cristãos com o aval da igreja e da Bíblia Sagrada. Houve duas guerras mundiais, o quase extermínio do povo supostamente bíblico. E Jesus não voltou!

E os dominadores sabem por quê. Existem segredos muito bem guardados no Vaticano, acerca das causas pelas quais se pode deduzir de modo cabal que Jesus não voltará. Mas segredo é pra quatro paredes, já dizia outra música que minha mãe cantava, e esse ninguém nos contará.

E o mundo não se acabou


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