terça-feira, 29 de novembro de 2011

Proposta do filósofo Botton é de que o ateísmo deixe de ser uma 'seita'

Proposta do filósofo Botton é de que o ateísmo deixe de ser uma 'seita'



Os críticos do Botton ainda não entenderam que o filósofo é propositivo. Ele acredita que os ateus deveriam aprender com as religiões como se comunicar com as pessoas -- com o uso da arte, entre outros recursos.

Quem já visitou o Museu do Vaticano ou viu ao menos a Capela Sistina talvez tenha mais facilidade para entendê-lo. Aquilo lá é belo, e, a rigor, não tem nada a ver com divindades. É humano, demasiadamente humano.

Ao se julgar pelo título do livro, a proposta de Botton é ousada e merece uma reflexão. Ele propõe o ateísmo como uma espécie de religião -- ou com algumas características dela -- como forma de atingir mais pessoas. Seria uma religião da não religião.

É como se ele tivesse propondo um plano de expansão para o ateísmo, para que deixe de ser uma 'seita'.

Eu diria que Botton, nesse caso, está pensando grande ou, por outra, sendo mais objetivo do que o o líder ateísta Richard Dawkins.

Pelo que percebo, Dawkins empolga muito os ateus, mas não as demais pessoas, incluindo crentes não fanáticos e as não religiosas. Assim, claro, o ateísmo não crescerá em proporção desejável.

Talvez a proposta de Botton seja uma alternativa ao proselitismo de Dawkins, porque pregar ateísmo para ateus -- e é o que está ocorrendo -- não faz sentido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.